Esse foi o e-mail do ano na lista que eu tenho no Egroups, a About Nothing. O Hector, meu namorado, falou que o Guilherme Arantes é gótico e o Eduardo Palandi fez um tratado sobre a obra do cara. Sensacional!!!!!!!!
"Hector, até onde eu sei o Guilherme Arantes começou progressivo, sendo apenas o tecladista de uma banda progressiva chamada Moto Contínuo, que era uma cópia brasileira do Yes. Então, Guilherme Arantes é (foi) o Rick Wakeman brasileiro. Quando ele lançou "Cheia de charme", deu pra sentir que ele virou new wave. Se aquilo não é new wave, eu não sei o que é (risos). Aí quando a níu uêivi desandou, o cara virou pianista bunda e quis ser o Richard Clayderman brasileiro, se é que o Richard Clayderman não é brasileiro.
Sentiu a evolução? Em 74 ele era o Rick Wakeman, em 84 ele era o Thomas Dolby, em 94 ele era o Richard Clayderman. Mas como a fase "piano in the dark" dele não vingou e até hoje as rádios tocam os hits uêivis, ele lançou um independente em 99 como se fosse new wave de novo. Só esqueceu de saber que era tarde demais e o negócio passou batido.
Como eu só sou fã da fase new wave dele, pra mim é isso: Guilherme Arantes é new waver e pronto. Mas eu tô ligado desses lances gródigos dele (inclusive uma história que uma cigana disse a ele que ele ia morrer, isso com ele no auge do sucesso, em 81, 82... aí o trouxa acreditou, mas a data que ela previu passou e ele continuou), daí ele virou um cético desgraçado (ainda bem).
A única coisa que eu fico puto da vida com ele é que, como ele andou em quatro gravadoras (pela ordem: EMI, Sony, Warner e Polygram) não existe uma coletânea perfeita dele. Quando eu crescer e ficar rico e puder fazer algo excêntrico, vou tentar comprar os direitos sobre toda a obra dele e lançar uma box-set com os discos remasterizados, com as capas originais, letras, livro com a história, todas aquelas coisas. E vai se chamar "Guilherme, o djenio tropical".
As novas gerações precisam conhecer a obra do cara antes de saírem por aí ouvindo O Surto, sabe como é?"
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