Mais uma da seção "como-o-show-do-REM-foi-histórico"! A Erika Palomino expressou perfeitamente a emoção do show do REM em um texto em sua coluna na Ilustrada:
Quando a música ganha contornos de religião
Por Erika Palomino
Mais um final de semana, o último do Rock in Rio. Parece que muita gente em São Paulo nem se mobilizou para ir aos shows, mas houve pelo menos um momento histórico, para quem se interessa por cultura pop e por música, independente do gênero.
A performance de Michael Stipe no show do último sábado foi dessas coisas que a gente não esquece mais. Ele se deixou emocionar pela multidão de 200 mil pessoas à sua frente. Com aquelas danças malucas, soltava os braços feito boneco para de quando em quando encarar fixamente o povo, andando de um lado para o outro do palco, deixando-se ver.
Tive a oportunidade de assistir bem de pertinho e, com a imagem dele se fundindo naquele telão absurdo, acompanhei sua catarse, sua transformação de homem para herói, de pessoa comum para divindade, quando ele se jogou entre os fãs na passarela. Foi quase religioso, emocionante. Menos emocionante é ficar ali no festival, entre a falta de higiene generalizada e a sujeira. Mas quer saber se vale a pena ir? Vale.
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